cristianismo

Carnaval: uma festa pagã no calendário cristão.

Apesar da cadência do samba, da presença da cultura africana e da sensualidade de homens e mulheres, o carnaval não é originário do Brasil. Antes de esquentar nossos pandeiros, muitas festas deixaram corpos em brasa na Antiguidade e na Idade Média. No mundo greco-romano havia festas e rituais orgiásticos, como as bacanais (das bacantes, seguidoras do deus Baco, de onde vem a nossa gíria popular “bacana”) e as saturnais  (do deus Saturno). Nessas festas, os participantes entregavam-se às bebidas, ás danças e ás práticas sexuais. Ao liberarem-se das proibições cotidianas, tais festas eram rituais de purificação, frequentes em socidades agrárias e presentes em diversas culturas pagãs. Eram ritos de fertilidade, que, que encenavam e dramatizavam a fertilização da Terra, representando o princípio feminino sendo fecundado pelo Céu, o princípio masculino. Da fecundação ta terra, a cada ano, brotavam os frutos que iriam alimentar os integrantes dessas sociedades. Esses rituais simbolizavam o renascimento da natureza. Nem mesmo o processo de cristianização medieval aboliu tais rituais de fertilidade. o carnaval iniciava-se, em geral, a 6 de janeiro, no Dia de Reis. Mas o seu momento máximo ocorria ao final do inverno (no Hemisfério Norte), que marcava a preparação da terra e a semeadura, nos três dias gordos (Domingo, Segunda e Terça-Feira). Antes de suportar esses trabalhos agrícolas, homens e mulheres participavam de folias carnavalescas. Os foliões medievais pareciam loucos (fous, em francês). Usavam máscaras, fantasias, ridicularizavam as autoridades e escolhiam outras dignidades para serem seus líderes durante os dias de festejos: abades dos loucos e reis da folia. Os nossos atuais reis momos. Depois da folia, além do plantio, seguia-se um longo período de penitências e orações, quando eram rigorosamente proibidos cantos, danças e festejos. Era o período da Quaresma, que se encerrava com a Páscoa, época das primeiras colheitas do ano. O carnaval deve ser entendido como uma festa de inversão. Ou seja, capaz de inverter os elementos do cotidiano das sociedades. Capaz de alterar a normalidade. Em primeiro lugar, como a negação do trabalho, como momento de liberação temporária das obrigações produtivas. Em seguida, porque significa também a expressão da sexualidade mais ou menos reprimida, dependendo da sociedade a que se refira. E, nesse sentido, uma liberação também temporária das pressões que recaíam sobre a mulher na idade média. No caso da tradição cristã, o carnaval aparecia como o oposto da Quaresma. Época de comilança e beberagem, de brincadeiras, de danças e de erotismo, contrastava com os jejuns, com o trabalho, com a penitência e com o recato da Quaresma. Por tudo isso, considera-se o carnaval uma válvula de escape das pressões sociais que recaíam sobre os seres humanos. um momento extraordinário, um período diferente e necessário para suportar a ordem social. Do ponto de vista do processo de cristianização, um dos principais exemplos da incorporação de elementos da cultura pagã.
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21 de Janeiro: Dia mundial da Religião

No dia 21 de janeiro é comemorado o dia mundial da religião. A criação da data foi com o objetivo de promover a união de todas as religiões existentes no mundo, levando mais fé e esperança ao povo.

A ideia entrou em vigor a partir de 1949, através da Assembleia Espiritual Nacional.

A palavra religião vem do latim “religio,onis” e seu significado define-a como o conjunto de determinadas crenças e dogmas que levam o homem ao sagrado, onde cada uma apresenta suas práticas e ritos próprios, envolvendo ainda formas de comportamento e de cumprimento dos preceitos morais.

O berço das religiões foi o Oriente Médio e a Ásia, onde nasceram as religiões monoteístas, que pregam a crença em um só Deus – como o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

Porém, aquilo que deveria servir de ligação e harmonia entre os homens, também se tornou grande fonte de conflitos, por abranger opiniões e concepções divergentes em relação à divindade, que aparecem envolvendo princípios éticos, filosóficos e metafísicos. Um exemplo disso foram as cruzadas, guerra entre cristãos e muçulmanos, que aconteceram entre os séculos VI e VIII, com o objetivo de impor o cristianismo no território onde se localizam Israel, Gaza e Cisjordânia, na época considerados Terra Santa.

Dentre as principais religiões do mundo temos:

  • Hinduísmo: surgiu na Índia em 1500 a.C e seu livro sagrado é o Vedas. É uma religião que apresenta vários deuses, mas os principais deles, que formam a sagrada trindade, são: Brahma – deus da criação, Vishnu – deus da preservação e Shiva – deus da destruição e da recriação.

  • Budismo: também da Índia, surgiu em 600 a.C, a doutrina é fundamentada nos preceitos do príncipe Sidarta Gautama, o Buda.
  • Judaísmo: advindo da Palestina (Israel), em meados do século XVII a.C. o livro sagrado é a Tanach, que contém os mandamentos do judaísmo, onde creem ser descendentes de Abraão.
  • O Islamismo, da Arábia Saudita, tem como livro sagrado o Corão, baseado na doutrina de Maomé, enviado de Allah para ditar os mandamentos. Para os muçulmanos, “Abraão, Moisés e Jesus foram profetas e receberam mensagens divinas” e não haverá outros profetas.
  • Cristianismo: se originou na região da atual Israel, antiga Palestina, no século I. Seu livro sagrado é a bíblia, dividida em velho e novo testamento, que apresenta a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo.
  • Catolicismo: o maior ramo do cristianismo e o mais antigo como igreja organizada. A sede da Igreja e residência oficial do Papa estão localizados no Vaticano, país encravado na capital italiana, Roma. O livro sagrado dos católicos também é a bíblia, tendo como crença a Santíssima Trindade, através da relação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A crença também é atribuída à santidade de Maria, mãe de Jesus e a todos os santos.

O Brasil é o maior país católico do mundo, com quase cento e vinte e cinco milhões de fiéis, que traduzem 74% da população do país.

Porém, com o surgimento das igrejas evangélicas ou neopentecostais, a diversidade das religiões tem aumentado, o Brasil é um país altamente religioso, abrangendo 95% da população. Além disso, o aumento das pessoas que não seguem religião alguma também tem crescido consideravelmente.

No Brasil, as outras religiões somam apenas 5% da população, divididos entre espíritas, cultos afro-brasileiros, judeus, magos e seguidores das doutrinas orientais.

Fonte: Brasil Escola


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